Vendas de imóveis disparam e locações recuam na região de Campinas, aponta Creci-SP
08/11/2025
(Foto: Reprodução) Vista da cidade de Campinas em dia ensolarado de outono
Marcello Carvalho/G1
O mercado imobiliário da região de Campinas (SP) registrou crescimento de 80,44% nas vendas de imóveis em relação a agosto. Já as novas locações caíram 37,75%, segundo levantamento do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP).
O levantamento mapeou 134 imobiliárias em 19 cidades, incluindo Campinas, Americana, Hortolândia, Indaiatuba, Valinhos e Vinhedo. Os dados apontam que o comprador voltou a ter confiança na aquisição da casa própria, impulsionado pela estabilidade econômica e pelo crédito facilitado.
“Esses números refletem uma retomada da confiança do consumidor, sustentada pela oferta de crédito e por um ambiente econômico mais previsível”, afirma o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto.
Veja abaixo alguns dos destaques do estudo:
a Caixa Econômica Federal financiou 63,9% das vendas;
mais da metade das transações — 60,2% — ocorreu em regiões periféricas, reforçando a força do mercado fora das áreas centrais;
entre os imóveis vendidos, 65% eram apartamentos e 35% casas, com predominância de unidades de dois dormitórios e área útil entre 50 m² e 100 m²;
o segmento mais aquecido foi o de imóveis entre R$ 250 mil e R$ 350 mil, faixa considerada popular;
o preço médio ficou acima de R$ 200 mil.
Retração nas locações
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Na contramão das vendas, o número de novos contratos de aluguel caiu em setembro. A pesquisa indica que a faixa preferida de locação foi entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil, com destaque para imóveis de dois dormitórios.
As garantias mais usadas pelos inquilinos foram seguro-fiança e fiador, e 49% dos novos contratos foram fechados em bairros periféricos. Apesar da retração no mês, o acumulado do ano ainda mostra alta de 52,19% nas locações.
“A oscilação é natural e demonstra a sensibilidade do setor às condições econômicas e ao comportamento do consumidor. Mesmo com a queda momentânea nas locações, o mercado segue saudável e em constante adaptação", explica Neto Viana.
O levantamento também mostra que 45,5% dos inquilinos que encerraram contratos mudaram em busca de aluguéis mais baratos, enquanto 22,7% optaram por imóveis mais caros.
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